2017 começa com fechamento de leitos e superlotação dos hospitais públicos
Estamos colhendo os frutos da política de sucateamento adotada pelo governo do Estado nos últimos anos. Consequência da falta crônica de servidoras/es nos hospitais públicos, o ano de 2017 começa com situações vergonhosas nas unidades da capital.
Emergência do Celso Ramos em estado caótico
Nesta segunda-feira (16/1), pelo menos 50 pacientes estavam internados na emergência do Hospital Governador Celso Ramos, em Florianópolis. Novamente por conta da falta de servidores, a unidade tem pelo menos 60 leitos fora de uso que poderiam abrigar essas pessoas. A falta de profissionais não apenas limita e atrasa o atendimento à população, como também sobrecarrega quem está trabalhando. Referência estadual em ortopedia, o Celso Ramos conta atualmente com somente um técnico de gesso por plantão, o que acarreta em situações em que o mesmo profissional tem de atender cerca de 300 pessoas em um dia.
Em reunião com a direção do Hospital, o Sindicato exigiu medidas emergenciais imediatas para amenizar a superlotação e preservar a saúde das/os trabalhadoras/es e deu prazo de 48 horas para manifestação. Caso nenhuma providência seja tomada, as/os profissionais do atendimento de emergência poderão paralisar as atividades.
No Hospital Infantil aindafaltam vagas de UTI
Mesmo com a inauguração no ano passado -- após 3 anos fechada -- da UTI, 12 leitos dos 20 entregues permanecem fechados por falta de servidores. Pacientes estão sendo internados na emergência porque faltam vagas nas UTIs geral e neonatal.
Hospital Regional de São José ameaça fechar maternidade
Em dezembro de 2016, o chamado 4º B do Hospital Regional de São José foi fechado, comprometendo parcialmente o atendimento de internação da maternidade do Hospital. Agora, a possibilidade do fechamento dos demais leitos do 4º andar pode representar o fim da maternidade naquela unidade, não haverá mais leitos de internação em atividade.