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Após ameaças de calote pela empresa, trabalhadores do SAMU deliberam possibilidade de greve
21/12/2021

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Após ameaças de calote pela empresa, trabalhadores do SAMU deliberam possibilidade de greve

Na última semana, os trabalhadores do SAMU da Grande Florianópolis, contratados pela Ozz Saúde, foram surpreendidos por um informe da empresa que ameaça não pagar 13º salário e verbas rescisórias diante do término do contrato com o Governo do Estado. Em assembleia na noite desta terça (21), os trabalhadores decidiram por manifestar formalmente ao governo para que o estado assuma interinamente o serviço.

Uma carta pública será entregue ao Governo do Estado e uma manifestação dos trabalhadores será feita para garantir que o executivo entenda o encaminhamento dado pelos funcionários do SAMU. Se nada for feito, um encaminhamento para greve está em aberto.

Um edital para contratação de nova empresa está em curso, mas ainda sem definição. Em meio às festas de fim de ano, em que as ocorrências costumam aumentar no serviço, não há perspectivas em relação a como ficará o contrato dos trabalhadores. No dia 31 de dezembro deve ser feita a rescisão em massa dos funcionários da OZZ, que ficarão sem contrato oficial. Até agora, o Governo do Estado não anunciou nenhuma medida para resolver a questão.

A jornada de embates entre os trabalhadores e a Organização Social não é de hoje. Atrasos em verbas salariais, não apresentação de cronograma de férias, falta de pagamento de contratos essenciais para o serviço, precarização de bases e viaturas e falta de pagamento do FGTS são alguns dos cenários que os trabalhadores enfrentaram nos últimos anos.

O SindSaúde/SC tem tentado garantir os direitos dos trabalhadores judicialmente, sendo que causas como o pagamento do reajuste salarial de 2018 já tiveram resultados positivos. Porém, os impasses entre o Estado e a Ozz tem sido um empecilho para garantir que os direitos sejam garantidos extrajudicialmente. De um lado, a empresa alega que não tem verbas suficientes para garantir o contrato, do outro o Estado afirma que repassa todos os montantes necessários.

Os trabalhadores do SAMU estão esgotados e sobrecarregados diante da negligência da OZZ e da falta de responsabilidade do Governo do Estado com o serviço. O que um dia foi um serviço de excelência encontra-se completamente sucateado e com trabalhadores negligenciados.

Uma nova assembleia dos trabalhadores está marcada para esta quarta (22) procurando debater a resposta da SES diante da apresentação da proposta.

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