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As eternas promessas do Secretário João Paulo Kleinubing
01/04/2016

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As eternas promessas do Secretário João Paulo Kleinubing

Em Lages, mas também em todo estado, a população e as servidoras e servidores da saúde estão cansados das promessas do secretário João Paulo Kleinubing. O jornalismo da região também não colabora. Não perde tempo em noticiar as maravilhosas promessas do secretário, mas não se preocupa com o básico: ir checar se na prática algo está acontecendo!

O jornal Correio Lageano (CL) publicou no dia 18 de março uma matéria sobre a visita de Kleinubing a Lages para vistoriar as obras de ampliação do Hospital Teresa Ramos (HTR). Eis que de cara, o secretário se surpreende por ter encontrado filas e longas esperas por internação e procedimentos no hospital. Buscando demonstrar preocupação e capacidade para encontrar soluções rápidas para os problemas da saúde pública catarinense, ele rapidamente informa que vai reestruturar a lógica de atendimentos distribuindo a demanda para outro hospital da região. Acontece que basta uma rápida olhada no site do mesmo CL para encontrarmos outra notícia, de 2014, falando sobre uma promessa da mesma reestruturação, nunca colocada em prática.

A seguinte promessa apresentada pelo secretário é a contratação de 600 servidores via concurso público para trabalhar. Uma matéria do mesmo CL de 2014 falava em 900 funcionários. Cadê a coerência?

Em primeiro lugar, o último cronograma da obra que vai praticamente duplicar o hospital previa término para dezembro de 2015. Depois, o próprio Correio Lageano anunciou a prorrogação do prazo para o primeiro trimestre deste ano, que também já ficou para trás.

Portanto, se a Secretaria tivesse realmente o compromisso com a contratação desses servidores prontamente, já deveria ter encaminhado o edital do concurso, para não ter um hospital pronto sem trabalhadores. Tampouco a licitação dos aparelhos está encaminhada.

Nossa desconfiança em relação às intenções da SES não vem de graça. Sabemos que por trás da morosidade em contratar servidores e comprar os equipamentos, pode estar o plano da privatização via Organizações Sociais ou terceirização dos serviços. Os casos do Hospital Florianópolis e do Hospital Regional de Biguaçu são exemplos dessa prática.

E com as OS, os trabalhadores da saúde já sabem como é: precarização, baixos salários, jornadas gigantes; móveis, aparelhos, utensílios e medicamentos de péssima qualidade.

Voltando à matéria do Correio Lageano, nós ficamos contentes com a notícia de que já estão liberados os recursos para a manutenção dos aparelhos de tomografia e de ressonância magnética. No entanto, não vamos deixar de denunciar enquanto não vermos essas máquinas tão fundamentais para os pacientes do hospital voltarem a funcionar.

Mas sentimos falta de mais alguns questionamentos ao secretário. O bom jornalismo incomoda àqueles que não estão fazendo bem o seu trabalho, principalmente na gestão pública. Faltou perguntar ao secretário sobre as obras do setor de exames que se arrastam por quatro anos. A promessa da abertura do serviço de cardiologia? Faltou ao Correio Lageano perguntar ao secretário João Paulo Kleinubing quem vai cumprir essas promessas que ele anda fazendo, se vivemos com ameaças de que ele vai deixar seu cargo, seja para voltar ao posto de deputado federal e votar pelo impeachment, seja para concorrer à prefeitura de Blumenau.

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