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As trabalhadoras e os trabalhadores do Hospital de Caridade se reuniram em assembleia com o SindSaúde/SC nesta sexta (11) para tratar da situação posta pela nova empresa arrendatária da unidade, o grupo Hospital Care. Nos últimos dias, os novos empregadores apresentaram um aditivo de contrato de trabalho sem apresentação ao sindicato, sendo que desde o início da negociação havia sido acordado que a empresa só assumiria os contratos ao final da mesa, o que não aconteceu.

O aditivo traz diversos prejuízos ao trabalhador, como o de autorizar a transferência imediata e irrestrita a qualquer unidade do grupo, que também administra o Hospital Baía Sul e negocia uma nova aquisição em Palhoça. O documento também estabelece um valor fixo de salário que desconsidera todos os benefícios que constam na folha de pagamento hoje. Além disso implementa banco de horas e traz alterações drásticas na carga horária.

Em audiência com participação do SindSaúde/SC e junto ao MPT, o Care alega que tal documento não apresenta nenhuma ilegalidade. Apesar disso, a empresa tem usado da coação e omissão no momento de chamar os trabalhadores para assinar tal aditivo, sendo que as consequências dele sequer são apresentadas aos empregados.

O SindSaúde/SC acordou na audiência desta sexta que irá encaminhar todos os pontos divergentes para a empresa e o MPT até a próxima terça (15). O sindicato deve pedir, por exemplo, que se inclua o consentimento do trabalhador para todas as consequências de cada cláusula.

Na assembleia com os trabalhadores, o sindicato orientou que:

- Não se assine o aditivo em hipótese alguma, mesmo que a empresa pressione ou ameace demissão;

- Se houver qualquer tentativa de coação ao trabalhador, o sindicato orienta gravar ou procurar testemunhas para comprovar o ato;

Na terça (15), o sindicato volta a se reunir com o Care e irá apresentar uma contraproposta ao aditivo. Uma nova assembleia com os trabalhadores do Caridade ficou marcada para o mesmo dia, às 19h30.