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Infelizmente, mais uma vez, estamos diante do aumento dos casos de COVID-19. Apesar dos avanços importantes que foram conquistados com a vacinação, gerando uma maioria de novos casos sem muita gravidade, é sabido que a variante ômicron é mais transmissível que as demais.

Ainda que os casos, especialmente nas pessoas que já completaram o esquema vacinal, possam ser considerados de sintomas leves na maioria das vezes, isso contribui para que surjam novos casos rapidamente. O número de pessoas que ainda não completaram o esquema vacinal não é insignificante e é suficiente para causar caos nos serviços de saúde, levando ao crescente número de doentes e óbitos, caso nenhuma medida de contenção seja adotada. 

É urgente e necessário que o Governo do Estado restrinja aglomerações e intensifique a fiscalização. O uso obrigatório de máscara e demais cuidados é fundamental. Campanhas de conscientização precisam ser reativadas, leitos e contratação de pessoal disponibilizados e aí sim poderemos falar em enfrentamento da pandemia com responsabilidade.

Há quase dois anos, os profissionais de saúde têm enfrentado condições de trabalho duras, falta de equipamentos de segurança adequados, sacrificando a própria saúde para bem atender a população. Agora, as consequências das festas de final de ano podem ser devastadoras e tais eventos só ocorreram porque medidas de restrição foram suspensas, grandes eventos foram autorizados e o uso de máscaras se tornou eventual. O Governo do Estado precisa evitar que o caos se instale novamente. 

O SindSaúde/SC já solicitou à SES e ao COES informações sobre as medidas que serão adotadas. Somos profissionais de extrema importância para o combate da Covid-19 e manutenção do atendimento à população catarinense, mas só teremos chance de realizar isso se houver medidas de enfrentamento e adoção de restrições pelo estado. Os trabalhadores e trabalhadoras da saúde não serão responsabilizados pelo caos na saúde e não serão sacrificados mais uma vez.