Categorias dos serviços públicos e empresas estatais definem calendário unificado de lutas
As categorias do serviço público das esferas municipais, estaduais e federais e das empresas estatais aprovaram agenda unitária de lutas e manifesto em defesa dos serviços públicos e da soberania nacional, em assembleia unificada, que lotou a Praça Tancredo Neves, no centro de Florianópolis, no dia 4/12.
Também foram aprovadas moções de apoio às greves no serviço público do Rio Grande do Sul e do Paraná, e um pedido de audiência com o governador Carlos Moisés (PSL) para cobrar a retirada do projeto da reforma da Previdência, em tramitação na Assembleia Legislativa de Santa Catarina desde a última terça-feira (3/12).
O manifesto apreciado na assembleia foi resultado da Plenária Nacional, realizada em Brasília entre as centrais sindicais, com o objetivo de avançar na organização unitária para enfrentar as políticas de privatizações das empresas estatais e demais ataques ao serviço público, defendidos por Bolsonaro e seus apoiadores.
Apesar do Sistema Único de Saúde Público do Brasil ser referência no restante do mundo, inclusive, com alta procura de moradoras/es de países vizinhos para atendimento gratuito, está ameaçado. O governo ataca nossos sistemas de saúde e ensino públicos e gratuitos, retiram direitos, intentam contra a estabilidade dos servidores públicos para transformar a educação e saúde em mercadorias, em serviços privados pagos, prejudicando a maioria da população.
Igualmente no caso das privatizações das empresas estatais. A nossa luta, além de ir contra as demissões e retirada de direitos das trabalhadoras/es diretamente afetados, é pela garantia de que os serviços públicos sejam voltados para atender as necessidades da população. Em Santa Catarina, estão ameaçadas de serem privatizadas a Casan e Celesc.
Ao fim da assembleia, por volta das 16h30, as trabalhadoras/es se dirigiram em ato da praça até o prédio do Legislativo, onde a sessão foi interrompida pela manifestação, exigindo dos deputados posicionamento contrário à reforma da Previdência e solicitando abertura de negociação unitária das categorias estaduais junto ao executivo.
Calendário unitário
12 de fevereiro de 2020: realizar atividade no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, em Brasília;
08 de março: construção do dia internacional das mulheres;
18 de março: indicação da data nacional de paralisação, mobilização, protestos e greves.