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Com salários atrasados, trabalhadores do HF paralisam atividades
07/10/2015

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Com salários atrasados, trabalhadores do HF paralisam atividades

Após meses recebendo seus pagamentos fora do prazo legal e com os salários de setembro ainda não pagos, servidores do Hospital Florianópolis paralisarão por tempo indeterminado a partir das 7h desta quinta-feira (8/10). A atitude segue o exemplo das trabalhadoras e trabalhadores do Hospital Regional de Araranguá, que entraram em greve nesta quarta-feira (7/8), também por conta de salários atrasados.

A responsável pela gestão de ambos hospitais, Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), afirma que o problema está na falta de repasse dos recursos por parte do Estado. No entanto, o sindicato da categoria, SindSaúde/SC, entende que a responsabilidade por garantir o pagamento dos trabalhadores é da SPDM e que é prerrogativa da entidade romper o contrato com o Estado ao entender que este não está cumprindo com o pactuado. Nesse jogo de empurra-empurra, em que o Estado se exime do seu dever terceirizando suas responsabilidades, quem paga, além da população, são as trabalhadoras e os trabalhadores.

Há diversas denúncias sobre os desmandos praticados pelas OS e Oscip que administram estruturas públicas de saúde em Santa Catarina. Além da precarização do serviço e das condições de trabalho dos servidores, esse modelo de terceirização representa um avanço da iniciativa privada sobre a saúde. O governo do estado, por exemplo, já destina mais recursos à minoria (8) de unidades estaduais geridas por OS e investe a menor parte do orçamento nas 15 unidades totalmente públicas.

SPDM

Os problemas envolvendo unidades administradas pela SPDM, que também é responsável pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), vêm se acumulando nos últimos meses.

Além do atraso no pagamento dos salários, a empresa SPDM também têm sido constantes denúncias de perseguição e demissões de servidores. Desde o início do contrato da SPDM para administrar o Hospital Florianópolis, em janeiro de 2014, as demissões promovidas pela empresa geraram custos de R$ 5 milhões aos cofres públicos.

No SAMU, entre os problemas recorrentes estão a falta de material esterilizado, demora no atendimento, fechamento das centrais de atendimento, atraso no salário dos trabalhadores, e episódios como de ambulâncias paradas por problemas mecânicos e falta de combustível.

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