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Começa campanha salarial de profissionais da saúde privada
30/08/2016

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Começa campanha salarial de profissionais da saúde privada

Quem usa serviços de saúde privados na Grande Florianópolis sabe o peso que têm no seu bolso. Não se paga barato nas clínicas e hospitais particulares; não se paga pouco por um plano de saúde.

Basta um pouco de atenção também para perceber que as condições de trabalho daquelas pessoas que estão atendendo nesses locais de trabalho diariamente, lidando com as vidas dos pacientes, estão muito longe do ideal.

A verdade é que, nesses negócios, a única coisa que importa aos patrões é o lucro no final do mês. Em nome do lucro, exploraram o máximo que podem as/os profissionais que contratam. Do lado das trabalhadoras e trabalhadores da saúde privada, os problemas não são só os baixos salários.

É comum encontrar profissionais que enfrentam jornadas de mais de 24 horas seguidas, pois têm de acumular dois empregos para sustentar a família. Muitos adoecem por conta da sobrecarga de trabalho. Pesquisas já demonstraram que, quanto maior o tempo de serviço, maior o índice de adoecimento desses/as profissionais.

Denunciando essas condições e exigindo valorização das trabalhadoras e trabalhadores dos 18 municípios da Grande Florianópolis, o SindSaúde/SC começou mais um período de negociações salariais e outros direitos trabalhistas. A data-base da categoria é dia 1º de novembro, e o Sindicato já realizou reuniões em diversos locais de trabalho para elaborar a pauta de reivindicações que será entregue aos patrões.

Até o final das negociações, seguiremos visitando as empresas e realizando reuniões para debater com a categoria. Nosso próximo compromisso é a Assembleia Geral, marcada para esta quarta-feira, 31 de agosto, às 18h30 na sede do SindSaúde/SC, para discutir, votar e aprovar a proposta de Convenção Coletiva de Trabalho que vamos defender na mesa de negociações diante dos representantes das empresas.

Vamos em busca de aumento real de salários e do vale alimentação, da extensão da licença maternidade para 6 meses, da criação da licença paternidade de 30 dias, da limitação da jornada de trabalho em 30 horas semanais, entre outros pontos.

Sabemos que vamos ter que enfrentar o discurso da crise econômica, atrás do qual as empresas tentam se eximir de suas responsabilidades, mas não vamos aceitar pagar por essa crise que não criamos. Eles que tirem uma parcela dos seus lucros e garantam condições dignas para nós trabalhadoras e trabalhadores. No último período, empresas do setor duplicaram, triplicaram sua estrutura e capacidade. Por que não elevaram também os salários? Por que não criaram condições dignas de trabalho?  

É fundamental a participação de todas e todos nesse processo, assim como a mobilização nos locais de trabalho para pressionar os patrões por um acordo que melhore efetivamente nossas condições de trabalho.

No ano passado, para além da reposição da inflação, conseguimos um ganho real de 1% no salário.  Faça a sua parte, articule-se no seu local de trabalho, discuta e informe seus colegas!

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