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Começa greve no HF por falta de salários
08/01/2018

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Começa greve no HF por falta de salários

Conforme a notificação enviada pelo Sindicato à direção do Hospital Florianópolis na última sexta-feira (5/1), trabalhadoras e trabalhadores paralisaram as atividades a partir das 7h desta segunda-feira (8/1). A pauta de reivindicações definida em assembleia geral ocorrida às 9h é a seguinte:

1) Pagamento integral dos salários atrasados.

2) Emissão dos contracheques

3) Pagamento das multas devidas pelo atraso salarial de dezembro.

4) Nenhuma punição aos trabalhadores grevistas

5) Reposição de insumos, materiais e medicamentos em falta no Hospital.

O prazo para o pagamento dos salários referentes a dezembro venceu no último sábado (6/1) e até o momento a SPDM, organização social responsável pela administração do HF, não se comunicou com Sindicato ou trabalhadores para prestar justificativas ou dar qualquer previsão de regularização.

O Sindicato está mobilizado desde as primeiras horas da manhã junto aos trabalhadores e trabalhadoras e espera uma rápida resolução do caso.

Crise na relação da SPDM com a SES

Em Santa Catarina, além do HF, a SPDM também administrava o SAMU e o Hospital Regional de Araranguá. Assim como no HF, nessas outras duas unidades, os problemas de gestão e atrasos salariais eram recorrentes, o que levou a Secretaria do Estado da Saúde (SES) a rescindir ambos os contratos com a empresa paulista.

No caso do hospital no sul do estado, trabalhadores estão em greve desde o começo de dezembro por conta da falta de pagamento de salários. O contrato com a SPDM foi rompido e a SES já contratou emergencialmente outra empresa para fazer a gestão da unidade, entretanto, os salários atrasados há quase um mês ainda não foram pagos e não há qualquer definição sobre o pagamento das rescisões contratuais e a recontratação dos cerca de 300 profissionais pela nova administradora.

O SAMU também viveu um fim de ano de incertezas, com greve por atraso salarial seguida pelo rompimento do contrato com a SPDM e o começo de uma nova novela para garantir o recebimento das rescisões, o que só aconteceu na justiça.

É eminente a repetição do quadro também no contrato da SPDM com a SES na administração do Hospital Florianópolis. O SindSaúde/SC reitera sua posição em defesa da saúde pública e 100% estatal, realizada por servidores públicos e administração direta do Estado. O modelo de terceirização via Organizações Sociais não funciona.

O Sindicato espera que, se for o caso de um novo rompimento de contrato, a SES, desta vez, planeje a transição para garantir o cumprimento dos direitos das trabalhadoras e trabalhadoras, bem como a recontratação de todos os profissionais por uma eventual nova administradora, garantindo também que não haja interrupção dos serviços e que a população não fique prejudicada.

Desde 2013, o Hospital deixou de ser 100% público e passou a ser gerido pela Organização Social. De lá para cá, as metas contratuais diminuíram 30%. Os serviços são realizados pelos servidores públicos remanescentes e por cerca de 500 trabalhadores contratados pela empresa. Nos últimos quatro anos, várias especialidades já foram fechadas. Somente quatro, dos dez leitos de UTI estão funcionando, como também as cirurgias eletivas e o atendimento de emergência foram temporariamente suspensos em julho de 2017. O orçamento mensal do HF é de cerca de R$ 4 milhões, sendo que 49% é gasto em folha de pagamento.

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