Comissão de Negociação do SindSaúde/SC exige resposta do governo pela valorização das servidoras e servidores da saúde.
A Comissão de Negociação do SindSaúde/SC reuniu-se com representantes do governo, o coordenador de Negociações, Décio Vargas, e o Diretor de Gestão de Pessoas, Luiz Anselmo da Cruz, na manhã desta quarta-feira (17), para tentar avançar nas negociações referentes a pauta das servidoras e dos servidores da saúde.
Na última reunião de negociação a Comissão já havia apresentado propostas para a incorporação de gratificação por desempenho, para o adicional por formação, para o aumento do vale alimentação e para a abertura imediata de concurso público. O coordenador de Negociações, Décio Vargas, ficou de levar essas propostas para a análise do governo.
Infelizmente Décio iniciou o encontro informando que o Governo está aguardando o resultado da avaliação da situação financeira do Estado no segundo quadrimestre do ano, o que deve acontecer somente no mês de agosto, para aí então ver a possibilidade de apresentar alguma proposta concreta sobre as reivindicações financeiras da categoria.
A presidente do SindSaúde/SC, Simone Bihaim Hagemann, foi enfática em afirmar que esse posicionamento é uma decisão política do governo e que falta vontade em atender a pauta da categoria da saúde.
O Diretor de Gestão de Pessoas, Luiz Anselmo da Cruz, afirmou que já está em andamento o processo para abertura de concurso público na área da saúde até o final de 2019. Um novo processo seletivo será lançado em caráter emergencial para reposição dos contratados por tempo determinado, cujos contratos encerraram em junho, bem como foram prorrogados os contratos temporários que terminam a partir de outubro.
A Comissão de Negociação do SindSaúde/SC analisa que as negociações só irão avançar se a categoria se mobilizar, visto que depois de várias meses de negociações não se obteve avanço significativo no atendimento das reivindicações da saúde.
A reunião foi encerrada com a sinalização de acontecer um próximo encontro no prazo de 30 dias, caso haja uma mudança na conjuntura do Estado, mas sem a apresentação de nenhuma proposta concreta por parte do Governo.
A direção do Sindicato se reunirá nos próximos dias para tirar uma nova data de assembleia e discutir juntamente com a categoria os próximos encaminhamentos. Afinal, o que se espera, é que o Governo apresente uma proposta minimamente aceitável em relação às reivindicações da categoria.
Sabemos que a arrecadação do Estado melhorou e que há condições de atender a pauta da saúde. A arrecadação pode ser ainda melhor se o Governo de fato liberar isenções fiscais apenas para empresários que efetivamente fazem contrapartidas. Isso é uma escolha política. Cabe ao Estado reduzir as desigualdades sociais e, para isso, é fundamental que haja uma tributação progressiva, onde os mais ricos contribuam mais. Da mesma forma, é preciso mexer na caixa preta da dívida pública, fazendo uma auditoria com a participação da sociedade civil.