Congresso quer Reforma Administrativa para reduzir investimento na saúde e na educação públicas

Na quarta-feira (21), ao anunciar a criação do Grupo de Trabalho sobre a Reforma Administrativa, o presidente da Câmara de Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que o GT deve buscar trabalhar "para a diminuição da máquina pública". Ainda de acordo com informações veiculadas pelo portal da Câmara, o deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ), deve coordenar os trabalhos do GT que tem 45 dias para apresentar proposta e contará com um representante de cada partido.
Na avaliação de dirigentes sindicais que fazem parte do Fórum Catarinense de Defesa do Serviço Público, “o Congresso Nacional não tem interesse em melhorar a eficiência estatal e está ressuscitando a Reforma Administrativa para reduzir ainda mais os investimentos em saúde e educação. A prioridade do Congresso é economizar com os serviços públicos para pagar os juros da dívida pública para banqueiros que são os grandes financiadores de campanhas eleitorais”.
Ainda de acordo com informações da Agência Câmara de Notícias, a proposta do GT teria partido de Zé Trovão (PL-SC). O último parlamentar de Santa Catarina a tomar à frente de proposta semelhante, Darci de Matos (PSD-SC), pode não ter conseguido se reeleger nas últimas eleições de 2022, por causa do desgaste gerado pela campanha das categorias dos serviços públicos contra a PEC 32.
As entidades já se mobilizam em duas frentes e enquanto fazem contato com parlamentares alinhados com a defesa dos serviços públicos para combater a proposta no Congresso, já começam organizar as caravanas à Brasília com os objetivos de alertar o Governo Federal sobre as reais intenções de uma Reforma Administrativa e denunciar a precarização dos serviços públicos à população brasileira.