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Decreto que libera uso de máscaras é precipitado. Como profissionais da saúde somos os primeiros a sofrer as consequências
15/03/2022

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Decreto que libera uso de máscaras é precipitado. Como profissionais da saúde somos os primeiros a sofrer as consequências

Um decreto lançado pelo governador Moisés na última quinta (10), desobriga o uso de máscaras nos ambientes abertos e fechados em Santa Catarina. O texto toma como recomendação o uso do EPI em ambientes fechados em que não é possível manter o distanciamento, no transporte público, hospitais e para quem tem sintomas da doença. A medida demonstra um ato precipitado do governo, que deu preferência ao discurso negacionista e apelativo daqueles que consideram o uso das máscaras uma grande dificuldade e sacrifício, mesmo que vise a proteção da saúde pública.

O SindSaúde/SC se posiciona contra o decreto, uma vez que as consequências deles cairão justamente na rotina de trabalho das unidades de saúde. A OMS emitiu diversos alertas nos últimos dias para uma nova variante, a Deltacron, pode vir a causar nova onda no Brasil.

Assim como as demais medidas sanitárias que foram sendo derrubadas durante o avanço da pandemia, a queda do uso de máscaras é uma decisão que dificilmente poderá ser revertida pelo governo. A prática já pode ser sentida no dia a dia do estado. O resultado dessas medidas precipitadas foram sentidos nos últimos meses, em que houve um aumento significativo de casos por conta da variante Ômicron. Assim, mais uma vez estaremos vulneráveis a uma nova onda.

O uso de máscaras é uma medida simples que pode evitar novos casos de contaminação para a Covid-19 e consequentemente a proliferação de novas variantes. Todos e todas queremos nos ver livres da pandemia, mas para isso é necessário um esforço coletivo. Com a medida da desobrigação do uso de máscaras, o governo não só corrobora com o discurso negacionista como vai contra a recomendação de especialistas.

Como profissionais da saúde precisamos dar o exemplo, utilizar as máscaras de proteção tanto em nossas unidades quanto na nossa rotina diária. É pela vida da população catarinense e em solidariedade aos que desde o início estiveram na linha de frente de combate ao vírus. Somos nós que assumiremos os cuidados de uma decisão política precipitado do Governo do Estado.

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