Desrespeito, hipocrisia e maldade: em negociação da Convenção Coletiva, empresas de Florianópolis demonstram desprezo por seus trabalhadores
Em mesa de negociação do reajuste anual e convenção coletiva nesta quarta-feira (29) os sindicatos patronais, que representam essas empresas, demonstraram que não tem pretensão alguma de fornecer qualquer valorização aos trabalhadores que são responsáveis pelas suas unidades. Muito pelo contrário, as empresas estão utilizando a negociação para tentar cortar direitos.
Argumentando que houve aumento nos valores de folha de pagamento por conta da aplicação do Piso Nacional da Enfermagem, as empresas tentam empurrar cortes profundos nos direitos adquiridos na convenção coletiva.
A justificativa de que uma lei federal que esteve suspensa de novembro de 2022 a julho de 2023 e que contempla apenas uma categoria dos trabalhadores comprometeria todos os benefícios trabalhistas é infundada e soa como um deboche. Além disso, desconsideram que, em negociação imposta pelo STF, as empresas tentaram a todo custo parcelar e desrespeitar a lei do piso.
Na negociação, as empresas sugeriram alterar as cláusulas 8, 10, 11, 21, 22, 24, 32 e 46 da nossa Convenção Coletiva, tendo como justificativa um reajuste que cobriria apenas a perda inflacionária em relação a 2022, fixado em 4,14%.
Os itens modificariam direitos adquiridos nos últimos anos que são benéficos aos trabalhadores, como jornada de trabalho, hora extra, adicional noturno, trabalho em dias de repouso, e até mesmo a questão da alimentação dos trabalhadores na unidade.
A posição do SindSaúde/SC é de nenhum direito a menos e não aceitaremos esse tipo de proposta. Quando se trata de retirar fundos dos lucros bilionários, as empresas parecem se esquecer que quem faz o setor da saúde, salvando vidas diariamente em suas unidades, são seus trabalhadores.
Trabalhador, acompanhe, compartilhe e curta essas mensagens e compareça a mobilização. Somente a união da classe poderá barrar esse tipo de ataque.