Emergência pediátrica do HU tem equipe, mas Ebserh insiste em manter fechamento
Nesta quinta-feira (22), às 12h, tem ato público pela reabertura da emergência pediátrica do HU-UFSC!
No início do último mês de abril, o ofício SEI 44/2025/SUP/HU-UFSC-EBSERH, enviado pelo superintendente do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC), Spyros Dimatos, informou ao vice-presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), Daniel Beltrammi, que a emergência pediátrica do HU-UFSC teria condições de ser reaberta desde o dia 6 de maio.
Ainda de acordo com o documento, “a possibilidade de reabertura do serviço decorre da recente contratação de profissionais médicos pediatras e da cobertura da escala de serviço, garantindo, assim, o adequado funcionamento do setor”. Contudo, a EBSERH, responsável pela administração do HU desde 2016, insiste em manter a emergência pediátrica fechada.
Hoje, o HU-UFSC encaminha os atendimentos emergenciais deste tipo para o Hospital Infantil Joana de Gusmão e só faz atendimento pediátrico a partir de encaminhamento prévio de outras unidades de saúde do SUS. Mas a distância entre o HU e o Hospital Infantil, na Agronômica, ou a emergência pediátrica da UNIMED, no Centro, podem ser decisivos para casos graves que se deslocam a partir de bairros do sul da ilha, por exemplo.
Na avaliação de dirigentes que fazem parte do Fórum Catarinense de Defesa do Serviço Público, o chamado "Arcabouço Fiscal", imposto ao Governo pela Câmara de Deputados e pelo Senado Federal, impede a ampliação de gastos com unidades de saúde pública, como o HU-UFSC. No final de contas, o Arcabouço só serve para garantir que haja dinheiro para o pagamento de um pequeno grupo de banqueiros credores da dívida pública.
Na quinta, dia 22 de maio, a partir de 12h, tem o ato público pela reabertura da emergência pediátrica em frente ao HU-UFSC. A manifestação é organizada pelo SINTUFSC, pelo Sindsaúde-SC, pelo SINTRAFESC, pelo DCE Luís Travassos da UFSC, pelo Centro Acadêmico de Enfermagem (Calenf) e pelo Centro Acadêmico Livre de Medicina (Calimed) com o apoio do Fórum Catarinense de Defesa do Serviço Público.