Estado anuncia contrato emergencial para o SAMU, mas mobilização dos trabalhadores continua
Na noite desta quarta-feira (22), o SindSaúde/SC se reuniu em assembleia com os trabalhadores do SAMU da Grande Florianópolis para discutir as respostas do Governo do Estado diante da atual situação. A Ozz Saúde, empresa que administra o serviço, tem contrato até o dia 31 de dezembro e tem ameaçado os funcionários de que não irá pagar décimo terceiro salário e verbas rescisórias.
A assembleia decidiu que não irá paralisar os serviços por enquanto, após o anúncio do Governo do Estado de nova contratação emergencial. Porém, uma paralisação não está descartada, dependendo do avanço das negociações. A pressão para que a empresa ou o estado tomem responsabilidade diante de um possível calote continua. Nesta quinta (23) os funcionários farão panfletagem para alertar a população sobre os abusos da OZZ Saúde nos últimos anos, e sobre a importância do serviço para os catarinenses.
Além disso, diante do anúncio de que a Fahece assume o serviço no primeiro dia de janeiro, ficou decidido que o SindSaúde/SC irá buscar a abertura de uma mesa de negociação com a OS para garantir que os direitos dos funcionários, incluindo a passagem integral dos contratos, sejam garantidos.
O SindSaúde/SC tenta bloquear judicialmente os repasses do Governo do Estado para a OZZ Saúde para garantir o pagamento do décimo terceiro e das verbas rescisórias. Além disso, a assessoria jurídica do sindicato está ajuizando diversas ações pelos descumprimentos anteriores. Algumas delas, como a da garantia do pagamento do reajuste previsto em Convenção Coletiva de 2018, já tiveram resultado positivo.
O estado de greve dos trabalhadores do SAMU da Grande Florianópolis permanece, sendo que uma assembleia pode ser marcada a qualquer momento diante de alguma novidade.