Fehoesc nega novamente pagamento integral da inflação e negociação da iniciativa privada deve ir à Justiça do Trabalho
Em reunião nesta sexta (4), o SindSaúde/SC e representantes da Fehoesc, sindicato patronal das empresas de saúde privada da Grande Florianópolis, debateram a negociação salarial dos funcionários das unidades administradas pela iniciativa privada. Não houve acordo em relação ao fechamento da CCT. Agora o SindSaúde/SC encaminha a intervenção do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para que se garanta os direitos dos trabalhadores da saúde da iniciativa privada.
Um dos pontos levados como contraproposta do SindSaúde/SC foi a inclusão de uma cláusula na CCT que inclua o auxílio-creche para as trabalhadoras e os trabalhadores. Muitas unidades da Grande Florianópolis já concedem o benefício, e agora o sindicato luta para que o direitos seja estendido a todos os funcionários da saúde privada.
Como proposta ao reajuste salarial, o sindicato patronal ofereceu 8% de reajuste retroativo de novembro até fevereiro, sendo que o valor integral do índice do INPC, fixado em 11,08% no momento da data-base, seria pago apenas a partir da folha de março. A proposta da Fehoesc representa uma perda salarial significativa aos trabalhadores e não contempla a pauta aprovada em assembleia que prevê o pagamento de pelo menos o índice geral do INPC.
O reajuste salarial trata da dignidade dos trabalhadores, que há quase dois anos vem se arriscando nas unidades de saúde em meio a uma pandemia. A correção baseada no índice inflacionário é uma garantia mínima de valorização desses profissionais.
Agora a negociação deve seguir com o auxílio da Justiça do Trabalho, onde o SindSaúde/SC irá lutar por todas as pautas levantadas pelos trabalhadores e trabalhadoras da iniciativa privada da Grande Florianópolis.