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Governo do Estado admite colapso do sistema de saúde, mas faltam ações efetivas de combate à pandemia
25/02/2021

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Governo do Estado admite colapso do sistema de saúde, mas faltam ações efetivas de combate à pandemia

Santa Catarina está vivendo um verdadeiro colapso no sistema de saúde por conta da Covid-19. Os números de infecção aumentaram exponencialmente em todas as regiões do estado e os leitos nos hospitais e insumos estão cada vez mais escassos. Isso é admitido inclusive pela SES, que divulgou nesta quarta-feira (24) novas medidas restritivas.

No entanto, essas medidas são insuficientes para o nível de contaminação observado no estado. O governo não volta atrás, por exemplo, na liberação das aulas presenciais. Limita a circulação em certos espaços públicos, como igrejas, cinemas e museus, além do transporte público, mas não divulga instrumentos de fiscalização. 

Boa parte das medidas anunciadas também dizem respeito a estabelecimentos ao horário de funcionamento, restringindo a circulação principalmente durante a madrugada. E o motivo é bastante óbvio. A maioria dos órgãos de saúde reconhecem a necessidade de um lockdown e de medidas mais efetivas, mas os lucros das grandes empresas pesam muito na decisão por medidas mais rígidas. Assim, corremos o risco de sobrecarregarmos ainda mais nosso sistema de saúde e perdemos muito mais vidas.

O secretário estadual da Saúde, André Motta Ribeiro, no ofício enviado às secretarias municipais, chega a mencionar: “a exemplo do que acontece nas regiões mais a Oeste, estamos entrando em colapso! Todos os esforços de Estado e municípios, até então, são insuficientes em face à brutalidade da doença”.

A revelação não surpreende, mas contradiz o discurso de que a pandemia estava controlada e o afrouxamento das medidas restritivas, como a decisão pela volta às aulas presenciais.

O agravamento da pandemia é sentido em todo o território nacional e, nos quatro cantos do país, os verdadeiros guerreiros na luta contra o vírus são os profissionais da saúde. É a categoria que sente primeiro as consequências desse colapso e as irresponsabilidades das decisões governamentais.

Apesar do discurso da valorização dos profissionais de saúde, os governos parecem tomar distância nesse momento de pandemia de ações concretas para esse reconhecimento. Mais do que isso, por mais que o momento imponha pulso firme, vemos os governos cedendo aos interesses empresariais, colocando em risco nosso sistema de saúde e a vida da população.

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