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Greve de 48 horas da Educação
04/10/2019

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Greve de 48 horas da Educação

O SindSaúde/SC esteve presente na greve da educação nesta quinta-feira (03). A diretoria apoia a manifestação das estudantes e dos estudantes em defesa da Universidade pública, gratuita e de qualidade, pois entende o conceito de Saúde Plena como direito de todas e todos.

 

Leia a nota do SindSaúde/SC: Defender Saúde Plena para termos Vida plena.

 

Desde o Movimento pela Reforma Sanitária nos anos 70 e 80, que culminou com a aprovação das Leis do SUS e o modelo de atenção a Saúde que temos no Brasil se reivindica o conceito ampliado de Saúde. Esse conceito estabelece que saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não, simplesmente, a ausência de doenças ou enfermidades.

 

Esse conceito permeia todo nosso Sistema de Saúde e poderia levar a completa solução dos problemas sociais do Brasil caso fosse aplicado na íntegra, pois o bem estar físico mental e social pressupõe o desenvolvimento de todas as áreas, não apenas da saúde. No mesmo sentido a Constituição Federal de 1988 estabelece o acesso a todos os tipos de serviço (de qualidade) – educação, lazer, moradia, saúde, segurança como direito de todos os brasileiros.

 

Refletindo sobre esses conceitos – que são na verdade muito mais que conceitos, são Leis é que entendemos que a luta que ocorre no país nesse momento em defesa de outras áreas como a Educação e o Meio Ambiente são também luta dos trabalhadores da saúde – públicos e privados que compõe nossa categoria.

 

E na mesma linha não tem qualquer justificativa o Governo Federal fazer os cortes no orçamento da Educação que está fazendo, na ordem de 30% e que vai levar ao fechamento de acesso a Educação Superior para milhares de Estudantes no próximo ano, sem mencionar os Estudantes que sem assistência estudantil terão que ocupar as fileiras dos subempregos ou terão que desistir dos cursos. As Universidades Federais são as responsáveis pela formação da maior parte da força de trabalho do SUS e responsáveis pela produção de 95% de toda a pesquisa no país.

 

Sem ir muito além, a destruição do meio ambiente, com a permissão de maior exploração da Amazônia e o parco combate ao desmatamento que também está em curso pelo Governo de Jair Bolsonaro trarão consequências nefastas para todo o povo brasileiro. Se a destruição ambiental não for freada teremos nos próximos anos, um aumento nos fatores de risco para a saúde, como o aumento da poluição do ar e das águas com sérios problemas para a saúde da população.

 

Esses retrocessos, junto com o que já foi implantado no país (Reformas trabalhistas) e esta em tramitação (reforma da previdência) levarão ao maior adoecimento da população, demandando ainda mais do Sistema de Saúde, que por sua vez também tem sofrido com o parco orçamento e diminuição dos servidores. É um círculo vicioso e maldoso que precisa ser interrompido para que não voltemos a ter situação e indicadores piores que países mais pobres do mundo e que estava sendo superados lentamente ao longo dos anos 2000.

 

Mudar esse quadro depende também da categoria da saúde, não só, pois somos os trabalhadores que receberão essa massa crescente de adoecidos no país mas também porque somos integrantes desse povo que irá sofrer as consequências da deterioração das condições de vida e de trabalho.

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