Hospital Florianópolis demite trabalhadores mesmo diante da pandemia
O Hospital Florianópolis, gerido pela Organização Social Instituto Maria Schmitt (IMAS), é o hospital de referência na Grande Florianópolis para tratamento de Covid-19. E justamente por se tratar do hospital escolhido para ser a referência no tratamento dos pacientes vítimas da pandemia, o Estado e o IMAS fizeram termo aditivo ao contrato de gestão por 60 dias, garantindo repasse maior a Organização Social do que o valor pactuado normalmente.
Mas fomos surpreendidos com a informação de que cerca de 50 trabalhadores contratados temporariamente foram dispensados nesta quarta-feira (20) por término de contrato. No entanto, a pandemia segue avançando e coincidentemente havia batido recorde de óbitos no dia anterior.
Isso demonstra que as entidades privadas de saúde, sejam Organizações Sociais ou empresas privadas, agem muito parecido. Num dos momentos mais graves desta crise sanitária, os administradores das empresas se voltam a defender o caixa das empresas ao invés de voltar suas atenções para salvar as vidas dos pacientes. O número de trabalhadores da saúde atingido por suspensões de contrato de trabalho ou redução de suas jornadas (com redução de salários) já chega próximo de 10%, e não para de crescer todos os dias. São trabalhadores que preferiam estar em seus locais de trabalho prestando atendimento, mas isso não está sendo rentável pras empresas, então são dispensados.
Para tratar da situação específica dos trabalhadores e trabalhadoras do Hospital Florianópolis, conseguimos uma reunião com a direção do HF/IMAS para a próxima segunda-feira, dia 25. Além da situação relatada na nota acima, há outras demandas quanto a fornecimento de EPIs, problemas com o transporte, etc.
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