Impasse na negociação do Piso Estadual
Nesta terça-feira (15) representantes das Centrais Sindicais, federações e sindicatos de trabalhadores, acompanhados por representação do DIEESE estiveram na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC) para negociarem o reajuste do Piso Estadual para 2019. Esta é a nona campanha salarial dos pisos, a negociação mais abrangente que as trabalhadoras e trabalhadores catarinenses realizam anualmente.
A reivindicação das/os trabalhadoras/os na campanha 2018/2019 é a equiparação aos valores dos Pisos de Santa Catarina aos praticados no Paraná, o que equivale ao reajuste de 13,38%. Mas a proposta foi rejeitada pelo patronato que sugeriu o reajuste de apenas 3,5%. Isso gerou um impasse e ficou agendada uma nova negociação no dia 12 de fevereiro.
Segundo José Álvaro Cardoso, do DIEESE, apesar do índice inflacionário acumular apenas 3,43%, o item alimentação pesa muito no orçamento do trabalhador. Uma cesta básica para um adulto está custando, de acordo com o DIEESE, R$ 457,82 (preço de Florianópolis em dezembro/18), o que representa mais da metade (52%) do salário mínimo nacional líquido.
Atualmente a Convenção Coletiva de Trabalho, firmada pelo SindSaúde, tem estabelecido piso superior a este patamar mínimo, visto que em quatro regiões do Estado (Cricíuma, Tubarão, Chapecó e Alto Vale) é pago o piso mínimo, o que acarreta achatamento do salário. As representantes do SindSaúde/SC Samilla Ribeiro e Edileuza Fortuna, participaram da negociação e reafirmaram que a garantia de salário digno deve ser prioridade nas negociações.