Levantamento demonstra que um profissional da saúde é contaminado por Covid-19 a cada 48 segundos
Um levantamento publicado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) apontou que 490 mil dos 3,1 milhões de profissionais da saúde que estiveram atuando com pacientes de Covid-19 testaram positivo para a doença. A pesquisa teve como base a Pnad-Covid-19 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios voltada à pandemia) do IBGE e levou em conta o período de março a novembro de 2020. A estatística demonstra que, neste período, somente no Brasil, um profissional da saúde foi contaminado a cada 48 segundos.
O número é alarmante e demonstra o perigo ao qual os profissionais da saúde estão se submetendo, sendo linha de frente no combate a um vírus imprevisível e altamente contagioso. Dos 3,1 milhões de profissionais que estão atuando em áreas de contato direto com o vírus, 74% são mulheres. Essas trabalhadoras estão dia e noite arriscando suas vidas para lidar com a pandemia, enquanto vemos o poder público tantas vezes a minimizando.
O reconhecimento dos profissionais da saúde cresceu durante a pandemia, mas nada disso parece se converter para melhores condições de trabalho. Os governos e empresas insistem nos agradecimentos verbais e propagandísticos, mas não fornecem soluções para diminuir a estatística alarmante de profissionais contaminados. Mais do que isso, o mesmo levantamento do Dieese demonstra que a média salarial de profissionais da saúde com nível médio é de R$2005,00 enquanto a da maioria das outras profissões de mesmo nível atinge R$2111. A diferença, que à primeira vista pode parecer pouca, influi nos salários e benefícios de toda a categoria. Após 11 meses de pandemia, esses profissionais se encontram sobrecarregados e adoecidos.
O SindSaúde/SC luta pelo reconhecimento do esforço que cada profissional faz em nosso estado, principalmente neste tempo de pandemia. Somos essenciais e os mais expostos ao vírus, exigimos um reconhecimento por meio de ações concretas!