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Nota de repúdio ao colunista Moacir Pereira
27/12/2016

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Nota de repúdio ao colunista Moacir Pereira

“OPINANDO” EM CAUSA PRÓPRIA

Nota de repúdio às tendenciosas “opiniões” do jornalista Moacir Pereira

No dia de hoje, precisamos manifestar nosso repúdio aos constantes ataques que o colunista do grupo RBS Moacir Pereira vem fazendo aos trabalhadores e trabalhadoras do hospital, aos direitos destes e aos magistrados que vem cumprindo com a lei. No dia 22 de dezembro, em sua coluna do Diário Catarinense, no artigo chamado “Liminar da Justiça do Trabalho de pagamento do 13º salário no Hospital de Caridade é insensível”, Pereira busca descaracterizar o direito consolidado nas leis trabalhistas do 13º salário, encarando-o de forma tendenciosa como mera gratificação, atacando violentamente as decisões dos desembargadores da Justiça do Trabalho, que buscaram cumprir a lei. No dia de hoje (27/12) o jornalista publicou a nota "A Perversa Justiça do Trabalho”, na qual o advogado Ervin Rubi Teixeira questiona o TRT, suas decisões e inclusive as leis trabalhistas.

Nosso repúdio é com o fato de que o profissional da imprensa tem exercido sua atividade em causa própria, pois, como é sabido por todos, Moacir Pereira faz parte da mesa diretora do Hospital e, portanto, responde à justiça como o “patrão” descontente com a lei. Em nenhuma linha Moacir Pereira apresenta os motivos pelo qual a gestão do Hospital de Caridade é a grande responsável pela situação caótica que chegou, não explica porque este hospital não atende mais pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e por que com as supostas dificuldades financeiras, tem investido em alas de alta complexidade, que nem sequer entraram plenamente em funcionamento desde a inauguração.

Sobre os investimentos do hospital, Moacir Pereira divulgou em 29 de outubro de 2015 a notícia “Inaugurada nova Ala de Hospital de Caridade”, relatando a inauguração de alas de UTI com capacidade para 40 leitos, mas que até hoje contam com pelo menos 10 leitos fechados.

Essas alas tiveram investimento de 8,5 milhões de reais do Governo do Estado e 23 milhões de recursos próprios. Com tamanha expansão e com o fim dos atendimentos pelo SUS, por que não questionar o uso desse dinheiro público em negócios privados realizados pela atual gestão, e hoje não ter nem para pagar o 13 salário das trabalhadoras e dos trabalhadores?
A greve e os direitos reivindicados estão dentro da lei. O canal de negociação sempre esteve aberto do nosso lado, o lados dos/das trabalhadores/as. No entanto, não aceitaremos que os nossos direitos deixem de ser garantidos e lutaremos até o fim para que este seja cumprido. Esta greve tem possibilitado bons debates sobre nossos direitos como os previdenciários e trabalhistas, contribuindo para esclarecer e enfrentar as informações manipuladas que os comunicadores interessados têm disseminado em seus meios de comunicação.

A greve das trabalhadoras e dos trabalhadores do Hospital de Caridade de Florianópolis, iniciada no dia 20 de dezembro, completa uma semana. A principal reivindicação é o recebimento integral do 13º salário para todo o conjunto de trabalhadores, direito garantido por lei.

Essa paralisação é resultado das tentativas de negociação entre trabalhadores/as do Imperial Hospital de Caridade (IHC), Sindicato e administração da unidade, que iniciaram em 6 de dezembro – prazo final de recebimento do 13º. Desde essa data o SindSaúde/SC vem buscando dialogar com a direção do Hospital, promovendo paralisações para sensibilizar os dirigentes da Irmandade. Após duas semanas sem qualquer previsão de pagamento do 13º salário, os/as trabalhadores/as da unidade iniciaram uma greve.

No momento ainda faltam, segundo a administração do IHC, 191 trabalhadores/as receberem o que é seu por direito. Mesmo com decisão do Tribunal Regional do Trabalho, que deu o prazo de 48 horas para saldar os pagamentos, com multa diária de 50 mil reais, a direção do Hospital teima em não pagar e ainda por cima falseiam a verdadeira situação nas redes sociais e em suas declarações na mídia de que podem até fechar o Hospital de Caridade. No entanto, não só deixam de cumprir a lei, quanto chantageiam os/as próprios/as trabalhadores/as e se negam a negociar.

Não recuaremos nenhum passo, seguiremos até o afim para garantir nossos direitos!

Trabalhadoras e trabalhadores em greve do Hospital de Caridade.

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