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Número de mortes de profissionais de enfermagem no Brasil bate recorde
07/05/2020

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Número de mortes de profissionais de enfermagem no Brasil bate recorde

Brasil registra um número alarmante de mortes de profissionais de enfermagem por causa do coronavírus. Já são mais de 10 mil profissionais afastados pela doença no Brasil, com 88 óbitos associados à doença (dados do Cofen em 06/05/2020). As mortes são mais que o dobro do número absoluto registrado entre profissionais de enfermagem na Itália, e coloca o Brasil em primeiro lugar no mundo em número de óbitos entre profissionais de enfermagem.

 

Segundo matéria do El País, a situação dos profissionais de saúde é grave em todas as cidades onde as estruturas de saúde se aproximam (ou já chegaram) ao colapso, a exemplo do que ocorre em Manaus, Belém, Fortaleza, Recife, São Paulo e Rio de Janeiro. A matéria ressalta também outro efeito desse colapso: “Muitos leitos de UTI estão sendo abertos sem enfermeiros e médicos especializados em UTIs. Então o profissional acaba sendo colocado nesse serviço extremamente especializado sem o treinamento adequado”, diz Neri, presidente do Cofen.

 

Nesta terça-feira (05), Santa Catarina teve mais três mortes por coronavírus, chegando a 58 óbitos no total e 2.795 casos confirmados da doença. Dos novos óbitos ocorridos no Estado, uma das vítimas era uma técnica de enfermagem, de 39 anos, moradora de Blumenau.

 

Um dos alertas que o Cofen faz na matéria publicada pelo El País é o mesmo que vimos afirmando nas últimas semanas. Um dos fatores que explicam a alta mortalidade dos profissionais de enfermagem é que grande parte dos serviços de saúde não afastaram os profissionais que estão no grupo de risco, seja pela idade ou por comorbidades. Enquanto o Governo do Estado segue negando o afastamento dos profissionais do grupo de risco, seguiremos morrendo nos locais de trabalho e isso é inaceitável.

 

Cabe ressaltar que Santa Catarina é apontado como o próximo foco de contágio pela Covid-19. O afrouxamento do isolamento social pelo governo do Estado e a testagem insuficiente dos casos entre a população e dos profissionais da saúde só agrava a situação.

 

Foto: DIVULGAÇÃO/COREN-DF

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