Patrões tentam retroceder em negociação e CCT terá de ir a dissídio
Será na justiça do trabalho a definição sobre a Convenção Coletiva de Trabalho 2017/2018, após meses de tentativas de negociação em que patrões se mostraram intransigentes frente às principais reivindicações das trabalhadoras e trabalhadores da saúde privada na Grande Florianópolis.
A quarta reunião de negociação entre trabalhadoras/es e patrões aconteceu nesta segunda-feira (26/3), com mediação da Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego. Foi uma última tentativa frustrada de avançar no diálogo com os donos das empresas de saúde da região, que não ofereceram qualquer contraproposta às pautas dos trabalhadores. Queriam inclusive retirar pontos que já haviam sido acordados em reuniões anteriores. “Eles afirmaram que não vão abrir mão da Reforma Trabalhista, que serve apenas para precarizar as condições dos trabalhadores e garantir aos patrões lucros ainda maiores. Querem retirar inclusive o que já temos garantido na atual CCT, mas não vamos permitir”, argumenta Helosa Helena Pereira, diretora do SindSaúde/SC e integrante da comissão de negociação.
Agora, a decisão sobre a CCT acontecerá na justiça. O SindSaúde/SC ingressará com ação no Tribunal Regional do Trabalho para pedir o chamado dissídio. “Diante do desrespeito que os patrões vem demonstrando frente ao processo de negociação, infelizmente, temos de apelar a justiça para tentar assegurar o que hoje já é direito garantido das trabalhadoras e trabalhadores”, conclui Heloisa.