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Plenária das centrais decide paralisação geral dia 11 de novembro
25/10/2016

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Plenária das centrais decide paralisação geral dia 11 de novembro

As mais de duzentas pessoas que assistiram à plenária convocada pelas centrais sindicais para discutir os rumos da construção da greve geral aprovaram uma paralisação unificada de trabalhadoras/es para o dia 11 de novembro. O evento aconteceu no auditório da Federação dos Trabalhadores no Comércio de Santa Catarina (FECESC) e também serviu para reafirmar o posicionamento dos cerca de 30 sindicatos e entidades que ocuparam o microfone em construir unitariamente a greve geral em Santa Catarina.

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“A união precisa descer dos palanques e ir às bases”

Durante a plenária, pelo menos 30 pessoas discursaram, e a palavra mais repetida foi união. Não houve quem não priorizasse a união como “única possibilidade de vitória contra os ataques do governo”, como bem sintetizou a diretora do sindicato da saúde estadual Heloisa Pereira. Ela contou que as trabalhadoras/es da saúde estão em estado de greve desde abril, mas que sabem que não poderiam vencer sozinhos em greve projetos como a PEC 241 que atinge de forma transversal a todos os setores do funcionalismo público e à população que utiliza os serviços.

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Elaine Salas convocou as/os presentes a se juntarem ao ato de rua após a plenária.

Odair da Silva falou representando a CTB, ligada ao PC do B, e defendeu a radicalidade para além dos discursos. “É preciso botar fogo nas ruas, declarar guerra ao governo”, disse de forma metafórica o sindicalista. Concordou com ele a representante da Rede Fora Temer, grupo que vem convocando manifestações de rua há meses contra o governo de Michel Temer (PMDB) e os projetos de retiradas de direitos em pauta. “Banquem com a gente a radicalidade”, disse ela fazendo referência a pouca participação nas manifestações de rua dos movimentos de trabalhadoras/es organizadas/os. “Não vamos aceitar palanque pra formação de quadros de partidos, mas estamos juntos pra fazer o bicho pegar”, acrescentou Elaine, fazendo referência à campanha midiática lançada pelo Fórum Catarinense em Defesa do Serviço Público “O bicho vai pegar”.

O representante da CSP Conlutas, central ligada ao PSTU, Marcos Dorval, lembrou que a data do dia 25 de novembro também deve ser trabalhada como dia de mobilizações unificadas, conforme decisão de reunião nacional entre as centrais. Raquel Guisoni falou em nome da União Brasileira de Mulheres e alertou que ambas as datas de paralisação, dias 11 e 25 de novembro, devem ser construídas, mas a prioridade deve ser na mobilização para a primeira. “Um passo de cada vez. A grande mídia está fazendo a cabeça do povo e precisamos mostrar a necessidade de lutar, porque senão vamos morrer”, comparou a militante.

“O transporte não vai parar sozinho”

Secretário de comunicação Sintraturb, Dionísio Linder, que representa trabalhadores/as do transporte urbano na Grande Florianópolis disse, em resposta aos chamados de união feitos anteriormente:

— Uma paralisação do transporte por parar a cidade. Mas não podemos fazer isso sozinhos. Aqui [na plenária] se começa a luta, mas a organização é lá fora. Dia 11 estamos juntos, mas sozinhos não.

Segundo ele, a categoria sofre ataques da mídia toda vez que resolve paralisar atividades. No dia 23 de setembro, motoristas e cobradores, cruzaram os braços por algumas horas durante a manhã e a tarde, aderindo a um dia nacional de lutas contra a PEC 241 e a reforma da previdência.

O movimento de escolas ocupadas

Diversos discursos de representantes de entidades estudantis, sindicatos de professoras/es e movimentos em defesa da educação lembraram da importância da construção e do apoio às ocupações de instituições de ensino, que já somam 993, segundo lista divulgada pela UBES. Participaram da plenária dezenas de estudantes, professoras/es e técnico-administrativas/os da UFSC, que mencionaram como exemplo de organização o Coletivo pela Educação e Liberdade, criado recentemente por professores do Colégio de Aplicação da Universidade.

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