Projeto de Jorginho aprovado na Alesc é uma facada na previdência do estado
Foram aprovados nesta terça-feira (19), na Alesc, os projetos terríveis de autoria de Jorginho Mello que tratam da segregação de massas e da revisão escalonada do confisco de 14% até três salários mínimos. Em apenas 27 dias de discussão às pressas, e sem a realização do debate adequado, uma proposta tão cruel de alteração na previdência estadual foi aprovada.
A segregação de massas divide os regimes de aposentadoria entre os que já estão ativos e os de novos aposentados, criando um fundo separado para futuros previdenciários. Isso resultará no desmonte do Iprev e na criação de um rombo bilionário nas finanças do estado. Hoje, os servidores ativos contribuem para a previdência dos que já estão aposentados. Quem contribuirá para a aposentadoria dos futuros inativos com um regime de contribuição segregado?
Os prejudicados por essa mudança serão milhões de catarinenses: servidores, suas famílias, e o resto da população que sofrerá com o sucateamento do orçamento público.
As propostas foram aprovadas em primeiro turno por 27 votos a 11, seis votos a mais do que seria necessário para aprovação. A maioria dos parlamentares da Alesc é contra os servidores estaduais.
ESSES SÃO OS INIMIGOS DOS SERVIDORES CATARINENSES:
- Altair Silva (PP)
- Ana Campagnolo (PL)
- Antídio Lunelli (MDB)
- Camilo Martins (Podemos)
- Carlos Humberto (PL)
- Delegado Egídio (PTB)
- Emerson Stein (MDB)
- Fernando Krelling (MDB)
- Ivan Naatz (PL)
- Jair Miotto (União Brasil)
- Jessé Lopes (PL)
- José Milton Scheffer (PP)
- Julio Garcia (PSD)
- Marcius Machado (PL)
- Marcos da Rosa (União Brasil)
- Marcos Vieira (PSDB)
- Massocco (PL)
- Maurício Eskudlark (PL)
- Maurício Peixer (PL)
- Napoleão Bernardes (PSD)
- Nilso Berlanda (PL)
- Oscar Gutz (PL)
- Paulinha (Podemos)
- Pepê Collaço (PP)
- Sargento Lima (PL)
- Tiago Zilli (MDB)
- Volnei Weber (MDB)
VOTOS CONTRA O PROJETO DE JORGINHO:
- Fabiano da Luz (PT)
- Lucas Neves (Podemos)
- Luciane Carminatti (PT)
- Mário Motta (PSD)
- Marquito (PSOL)
- Matheus Cadorin (Novo)
- Neodi Saretta (PT)
- Padre Pedro Baldissera (PT)
- Rodrigo Minotto (PDT)
- Sérgio Guimarães (União Brasil)
- Sergio Motta (Republicanos)
NÃO VOTARAM:
- Dr. Vicente Caropreso (PSDB) - Ausente
- Mauro de Nadal (MDB) - Presidente
É importante lembrar que esse tipo de medida previdenciária não é novo, muito menos suas consequências. Em Santa Catarina, uma outra proposta de segregação foi aprovada pelo legislativo em 2008 e revogada em 2015 por se provar ineficaz e causar déficit. Vários outros estados brasileiros que haviam adotado esse tipo de capitalização voltaram atrás na decisão.
Os dois Projetos de Lei que defendemos para retirada do confisco de 14% seguem para tramitação em 2024. Um deles é o Projeto de Lei de Iniciativa Popular, que reuniu mais de 80 mil assinaturas, e o outro de autoria do deputado Fabiano da Luz, com caráter similar,.
Nossa pauta é pela revogação completa dos 14% instituídos pela Reforma da Previdência e valorização dos aposentados.
Em 2024, continuaremos na luta!