Reajuste anual é debatido em audiência mediada pela Justiça do Trabalho
O SindSaúde/SC se reuniu com a Fehoesc e sindicatos patronais que atendem as empresas de saúde privadas da Grande Florianópolis, em audiência mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT). No encontro, o sindicato patronal voltou a apresentar a proposta que não inclui o valor retroativo integral de salário a partir da data-base da Convenção Coletiva, fixada em 1 de novembro de 2021. Na data, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), no qual é baseado esse tipo de negociação, estava fixado em 11,08%.
A proposta do patronal, acatando sugestão do Desembargador Vice-Presidente do TRT, é pagamento/aplicação de 8% do INPC sob o salário base de forma retroativa à data base (1 de novembro) e os 3,08% restantes em duas parcelas, a serem pagas nas folhas de maio e junho (meses trabalhados de abril e maio) retroagindo o índice somente a partir do mês de fevereiro de 2022.
Estes 3.08% parcelados com retroatividade somente a partir de fevereiro significaria uma perda salarial nos meses de novembro de 2021 até abril de 2022, pois deixam de refletir em FGTS, adicional noturno, horas extras e outras verbas trabalhistas.
O SindSaúde/SC defende que os valores sejam pagos em sua integralidade e de forma retroativa, porém ficou acordado na audiência de que será avaliada pelo sindicato, que irá levantar os valores e perdas nesse novo cenário e, por fim, apresentar contraproposta.
Uma nova audiência mediada pelo TRT ficou marcada para a terça-feira (12). Se não houver acordo entre as partes o reajuste poderá ser encaminhado judicialmente.