Representantes do SindSaúde/SC vão a Brasília participar de audiência pública sobre PLP 257
Cerca de 20 servidores da saúde de Florianópolis, Lages e Joinville estiveram presentes numa audiência pública no Senado Federal, na tarde da última segunda-feira (12/04), sobre o Projeto de Lei 257, que prevê a desestruturação do funcionalismo público brasileiro. A audiência foi solicitada pelo Senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos. No espaço, foi consenso a contrariedade ao Projeto e o pedido de revogação para o Poder Executivo.
No espaço, estiveram presentes representantes de sete centrais sindicais, professores universitários, ex-deputados, além da economista da auditoria cidadã Maria Lúcia Fattorelli expressando suas opiniões sobre o Projeto de autoria do Poder Executivo e que tramita em caráter de urgência na Câmara dos Deputados. O PLP 257 prevê por pelo menos dois anos: o congelamento salarial, redução em 30% dos gastos com servidores públicos, congelamento do valor do salário mínimo, privatização de empresas estatais, programa de demissão voluntária, entre outras medidas, em troca da renegociação da dívida pública dos Estados com a União.
Para a presidente do SindSaúde/SC Edileuza Fortuna “Talvez o único saldo positivo que podemos tirar desse PLP é a união dos servidores públicos brasileiros. É necessária a nossa união para barrar esse retrocesso nas nossas vidas. Os servidores da saúde de Santa Catarina já fizeram seu dever de casa e já decretaram estado de greve, agora outras categorias devem se mobilizar e fazer o mesmo”.
Maria Lúcia Fattorelli ainda alertou para “armadilhas”, segundo ela, presentes no Projeto. Como alterações na Lei de Responsabilidade Fiscal para autorizar o pagamento das sobras de caixa dos bancos com dinheiro público e a liberação de crédito para investidores privados nacionais e internacionais. Além disso, a economista garante “Essas dívidas não resistiram a uma auditoria. Todas iriam sumir”.
O Fórum em Defesa do Serviço Público de Santa Catarina está organizando um ato, no dia 14/04 contra o PLP 257, na frente da Assembleia Legislativa, às 15 horas.