Secretário da saúde oferece ajuda financeira ao Hospital de Caridade
Após o Imperial Hospital de Caridade anunciar superlotação da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) o Secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, esteve em visita a unidade e reunindo provedoria e direção do Hospital, ofereceu ajuda financeira para a unidade. O próprio site do Governo do Estado confirma isso. Segundo o secretário o objetivo da ajuda é que o município possa intensificar as ações de combate ao coronavírus.
Mas a primeira questão a ser colocada é sobre a quantidade de leitos fechados na rede pública de saúde, de gestão própria do Governo do Estado. Porque optar por investir recursos públicos em hospitais de gestão privada e não reabrir e equipar os leitos públicos existentes?!
À título de comparação, só no Hospital Governador Celso Ramos (HGCR), nos últimos anos foram fechados leitos de Isolamento, de Ortopedia e de semi-intensiva, segundo os próprios servidores do HGCR. Juntos, somam mais de 70 leitos desativados que, se estivessem ativos, poderiam estar ajudando a garantir atendimento nesse momento em que o colapso do sistema de saúde é iminente. E podemos citar ainda toda a nova estrutura do Hospital Teresa Ramos em Lages, que não foi equipada até hoje. Ou setores Covid em alguns hospitais públicos que aguardam ser equipados, inclusive com respiradores, para pode prestar atendimento.
Ao mesmo tempo em que o Secretário se coloca de prontidão para resolver o problema do Hospital de Caridade, não dá atenção para o sucateamento da rede pública de saúde e para a pauta da dos servidores e servidoras da saúde que exigem valorização, melhores condições de trabalho e negociação da MP 228.
Foto: Divulgação / Secretaria de Estado da Saúde