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Secretário mente para desmoralizar servidoras/es
28/03/2018

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Secretário mente para desmoralizar servidoras/es

O SindSaúde/SC vem a público desmentir as declarações da secretaria de estado da saúde, que afirmou que os servidores da saúde receberam 115% de aumento salarial em um período que a inflação foi de 53%.

Tal informação não só é falaciosa como denigre a imagem de trabalhadores que todos os dias cuidam da população mesmo em condições adversas.

Da mesma forma, queremos lamentar que os servidores tenham escutado essa informação do secretário de saúde através da imprensa e não em uma reunião com o devido direito a resposta, já que o SindSaúde/SC vem pedindo negociação com o governo há mais de 15 dias.  O secretário de saúde atirou informações descontextualizadas com o objetivo de jogar a população e a opinião pública contra o movimento das servidoras e servidores.

A verdade é que a última data base em que as/os servidoras/es da saúde tiveram os salários reajustados foi em 2012, com 8%. Na época, a categoria estava desde 2006 sem reajuste. Em 2012 e 2013, após uma greve histórica de 60 dias, a categoria da saúde recebeu uma gratificação por produtividade, mas que não serve de base de cálculo para os demais direitos, pois não é incorporada aos salários. Essa gratificação, portanto, não configurou aumento linear de salário. É por isso que estamos reivindicando a incorporação desta gratificação aos salários.

Além disso, após a concessão desta gratificação, desde 2013 estamos sem reajuste. O que a categoria reivindica neste momento é a data base estabelecida por lei, que deveria ocorrer em janeiro, dos anos de 2016 e 2017.

Outro ponto reivindicado é o auxílio alimentação, desde 2012 sem reajuste, fixado em R$ 12 por dia de trabalho. O custo de alimentação em Santa Catarina é um dos mais altos do país e, em Florianópolis, por exemplo, chega a R$ 40 por dia.

Secretaria omite real situação financeira

Os números mostram, na verdade, que há condições de atender os servidores. De 2016 a 2017, a folha de pagamentos da saúde reduziu em R$ 77 milhões. Em 2017, a Secretaria gastou R$ 7 milhões a menos do que o planejado com gasto de pessoal. No mesmo ano, a receita do Estado foi cresceu em 9%. Também em 2017, foi aprovado um aumento no orçamento da saúde de 12% para 14%.

Lamentamos a postura de Acélio Casagrande, secretário de saúde de Santa Catarina, que deveria ouvir aos servidores, mas prefere atacá-los pela imprensa para tentar desmobilizar uma luta justa por direitos.

A pauta de reivindicações da categoria tem 10 itens e inclui contratação de servidores e fornecimento de materiais e insumos que estão em falta nos hospitais. Itens básicos para podermos atender a população com dignidade. Ressaltamos que nem para esses itens da nossa pauta, que não envolvem nossos salários, o governo apresenta respostas.

O governo quer a greve

Por conta da intransigência do governo, a categoria da saúde segue avançando nas mobilizações.

Se as paralisações ainda não impactaram os serviços como afirmou o secretário de saúde, foi por escolha da própria categoria, que respeita a população usuária do SUS. Nosso único propósito com essas paralisações é sensibilizar os governantes para situação da saúde. Infelizmente, o secretário de saúde distorce nosso movimento e zomba de nós, dando a entender que a categoria está desmobilizada. O governo está apostando em derrotar os servidores e pretende causar a greve achando que vai desgastar a categoria e o Sindicato.

Diante dessa postura, queremos reafirmar que a vontade da categoria é negociar, mas que já chegamos ao nosso limite dentro das unidades. Estamos no limite da paciência com a hipocrisia de um governo que há 8 anos promete prioridade para a saúde e, hoje, às vésperas de uma greve, fecha a porta para os servidores e difama a nossa imagem.

Reafirmamos que estamos dispostos a debater essas situações e esses números em mesa de negociação, pois poderíamos citar ainda muitas outras incoerências da Secretaria, mas nosso compromisso e responsabilidade é com as/os pacientes e usuárias do SUS. Não pretendemos fazer da imprensa um espaço de disputa.

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