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Sindicato é impedido de conversar com trabalhadoras/es sobre possibilidade de terceirização no IHC
20/07/2018

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Sindicato é impedido de conversar com trabalhadoras/es sobre possibilidade de terceirização no IHC

Informado sobre a intenção do Imperial Hospital de Caridade de demitir quem trabalha nos setores que prestam serviços de apoio para promover terceirizações, o Sindicato esteve no hospital na manhã desta sexta-feira (20/7) para conversar com essas/es trabalhadoras/es, bem como com a direção da instituição, para entender a situação.

As conversas com trabalhadoras/es transcorriam normalmente, seguindo o que sempre aconteceu, quando a gerente de Recursos Humanos e o próprio Provedor do Hospital interviram para tentar impedir o diálogo. Este último, o chefe máximo da instituição filantrópica, ameaçou abertamente um diretor do SindSaúde/SC, perseguindo-o, usando palavras de baixo calão e expulsando-o do Hospital, num evidente desrespeito à legítima atividade sindical. O Sindicato já registrou Boletim de Ocorrência contra o Provedor e ingressará com representação no Ministério Público do Trabalho, pedindo investigação por cerceamento da atividade sindical.

Mas não é somente ao Sindicato que o Imperial Hospital de Caridade trata mal. O tratamento recebido na manhã de hoje pela diretoria do SindSaúde/SC é só reflexo do modo como a instituição trata suas/seus trabalhadoras/es. O ambiente é marcado por ameaças, assédio e desrespeito. São sempre os funcionários que recebem os menores salários os mais penalizados pelas constantes crises financeiras do Hospital.

Desta vez, a ameaça é de que todas/os as/os trabalhadoras/es desses setores sejam demitidos e substituídos por mão de obra terceirizada, em condições ainda mais precárias de trabalho. É eminente a repetição da triste cena protagonizada nas últimas semanas pelo Hospital SOS Cárdio, que demitiu 48 trabalhadoras de higienização, copa e cozinha, para terceirizar os setores. Um típico caso de demissão em massa que hoje só é possível por conta da contrarreforma trabalhista aprovada pelo governo de Michel Temer (PMDB) em 2017 e tão comemorada pelos patrões.

Eles, os patrões, querem simplesmente demitir, sem avisar, sem dar chance de que nós nos organizemos. É por isso que querem impedir o Sindicato de dialogar com as trabalhadoras/es. Eles têm medo da nossa organização. Por isso perseguem quem se levanta pelos seus direitos mais básicos. Por isso perseguem a atividade sindical.

E como a terceirização pode ser vantajosa para o Hospital? É uma conta difícil de fechar, uma vez que vai ter de dar lucro para mais um empresário, o dono da empresa terceirizada, e, ainda, pagar as/os novas/os trabalhadoras/es. É evidente que essa conta será paga pelos salários de fome oferecidos pelas empresas terceirizadas. Vamos compactuar com essa completa degeneração das relações trabalhistas? Vamos permanecer calados enquanto uma instituição secular como o Hospital de Caridade, conhecido pelo caráter filantrópico e gerido por irmandade religiosa, pode estar prestes a promover uma grande demissão em massa?

O Sindicato não vai se furtar de cumprir com o seu papel na defesa e organização das/os trabalhadoras/es. E não serão as ameaças do provedor que impedirão esse trabalho. Seguiremos ativos na luta contra qualquer ameaça aos direitos de quem trabalha na saúde. Juntos somos fortes!

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