SindSaúde/SC convoca trabalhadores/as para assembleia geral
O SindSaúde/SC convoca uma assembleia geral dos/das trabalhadores/as da saúde para amanhã (22/09), às 14h, na praça das Nações. A assembleia servirá para debater e encaminhar a decisão da categoria sobre os seguintes pontos: 1) Campanha de Anistia do Sindicato: o SindSaúde/SC sofreu ação judicial movida pelo governo do estado por conta da greve de 1996. No mesmo ano, o governo havia assinado um acordo se comprometendo a não dar continuidade às ações que havia ajuizado contra a nossa entidade. O acordo não foi cumprido pelo governo do Estado e as nossas propostas de negociação são rejeitadas. Por conta disso, temos nossa sede penhorada. A campanha é pela anistia do processo e contra a criminalização do movimento sindical.
2) Aprovação da luta por abertura de novos concursos públicos. Hoje em Santa Catarina faltam cerca de 3 mil servidores na saúde e o último concurso se encerrou no início de 2016 sem o comprometimento da Secretaria Estadual de Saúde de chamada de novos servidores.
Os outros pontos de discussão são referentes aos novos projetos do governo federal que representam uma série de retirada de direitos da classe trabalhadora, entre eles: o PLC 257, a PEC 241, a Reforma da Previdência e da CLT.
Quando nossa categoria entrou em ESTADO DE GREVE em abril, já prevíamos um cenário de ataques ao serviço público e retirada de direitos nesse ano de 2016, mas os acontecimentos dos últimos meses foram ainda mais duros do que esperávamos. Com a chegada de Michel Temer (PMDB) ao poder.
O PLC 257 – que, além de não resolver a questão da dívida pública congela nossos salários por dois anos, diminui os gastos com o serviço público e coloca em risco nossos empregos - foi aprovado na Câmara Federal e agora vai seguir para o Senado. A PEC 241, uma verdadeira contrarreforma de estado, congela o orçamento público pelos próximos 20 anos e avançou passando pela Comissão de Constituição e Justiça, podendo ir a plenário nas próximas semanas. Até o final do ano, Temer e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB), já estão articulados para aprovar também a Reforma da Previdência e a Reforma Trabalhista. Reforma, leia-se, retirada de direitos.
Em Santa Catarina, desde 2015, o governo de Raimundo Colombo já vem aplicando algumas partes do que é previsto no PLC 257. Exemplo disso foi a reforma da previdência que o governador já levou a efeito aqui no estado: ampliou a alíquota de contribuição dos servidores, fundiu fundo previdenciário com o fundo financeiro... enfim, isso já tem possibilitado o saqueio da previdência pública dos servidores. Colombo também editou decreto congelando o orçamento e vedando aumentos salariais por dois anos e, em 2016, seguiu cortando do orçamento da saúde.
Nos nossos hospitais, falta de tudo, desde medicamentos a insumos básicos para as atividades diárias. As equipes estão sobrecarregadas. Estamos chegando no nosso limite! A crise econômica e a negociação da dívida pública não podem mais ser desculpas para retirar direitos conquistados a base de muita luta por nós trabalhadores e trabalhadoras. Eles não estão do nosso lado e o discurso do “estamos fazendo o que podemos” não serve mais. É hora de estarmos preparados para uma batalha longa e difícil, mas necessária para defendermos o serviço público. É hora de construirmos uma grande mobilização para a GREVE GERAL!