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SindSaúde/SC protocola denúncias sobre alimentação no Hospital Infantil ao MPT e à Vigilância Sanitária
30/04/2021

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SindSaúde/SC protocola denúncias sobre alimentação no Hospital Infantil ao MPT e à Vigilância Sanitária

O SindSaúde/SC protocolou denúncias nesta sexta-feira (30) no Ministério Público do Trabalho (MPT) e na Vigilância Sanitária a respeito da alimentação dos servidores, pacientes e acompanhantes do Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis. Os documentos foram emitidos por conta de relatos e imagens enviadas por funcionários da unidade que mostram desde cabelos até larvas nas refeições servidas.

Na denúncia o sindicato exige uma fiscalização da cozinha e do contrato de alimentação na unidade. A empresa responsável pela alimentação da unidade, a Nutriville, pertence ao grupo Maná do Brasil, e não é a primeira vez que se apontam irregularidades no fornecimento da alimentação.

Em maio de 2020 um novo contrato foi firmado com a empresa. Nos dias que se seguiram, pacientes, acompanhantes e servidores do Hospital Infantil fizeram diversas reclamações sobre as refeições servidas. Dentre elas: laticínios, carnes e condimentos vencidos e fermentados sendo servidos, refeições frias para os pacientes, e reclamações generalizadas sobre o sabor e textura fornecidas para as crianças e os servidores.

Além disso, nessa mesma época, a SES documentou que pacientes e acompanhantes queixaram-se de terem recebido carne e arroz cru, frutas estragadas, além de cabelos na comida. A SES apurou irregularidades na época e aplicou uma multa pelo descumprimento do contrato em junho de 2020, mas a empresa recorreu em várias instâncias, sendo paga apenas em fevereiro de 2021, com valor aproximado da metade do valor inicial. Mesmo após a multa, a situação parece novamente se repetir com essas novas denúncias que apontam má qualidade da alimentação fornecida.

Não é a primeira vez que os contratos de alimentação dos hospitais públicos estaduais geram problemas semelhantes. Além disso, desde o início da pandemia, as unidades estão deixando de incluir profissionais da saúde e acompanhantes em duas refeições antes consideradas essenciais para a nutrição dos funcionários que trabalham nesses hospitais, inclusive nas escalas de plantão.

É inadimissível que profissionais de saúde que tantos sacrifícios tem feito neste mais de um ano de enfrentamento à pandemia sejam desrespeitados dessa forma. É preciso garantir fiscalização rígida dos contratos e punição aos responsáveis por isso. O SindSaúde/SC acompanhará a tramitação das denúncias. Havendo novos episódios desse tipo, pedimos que os profissionais de saúde denunciem de imediato.

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