SindSaúde/SC solicita respostas da SES a respeito do plano de vacinação no estado
O SindSaúde/SC enviou à Superintendência de Vigilância em Saúde e a Gerência de Saúde do Trabalhador da Secretaria de Estado da Saúde (SES) nesta sexta-feira (22) ofício solicitando informações sobre o cronograma e critérios de vacinação em cada unidade de saúde do estado. O documento foi motivado por conta de denúncias enviadas ao sindicato que retrata falta de centralização da secretaria em organizar um cronograma de vacinação. Há unidades em que funcionários diretamente envolvidos no setor da Covid-19 já receberam a vacinação, enquanto outras ainda não e, segundo informações, não irão receber nesse momento.
Estão previstos de serem vacinados na primeira fase da vacinação trabalhadores da saúde do sistema público e privado. A primeira remessa de vacinas, porém, é insuficiente para a imunização de todos, tendo sido priorizados, de acordo com o plano de vacinação do estado, os que tem contato direto com urgência e emergência, além de setores com contato direto a pacientes infectados. No entanto, essa organização de ordem de prioridade tem sido feita em cada unidade e gerado disputa entre servidores e servidoras, já que a quantidade é insuficiente para todos. A primeira remessa de vacinas foi enviada ao Governo do Estado, que por sua vez repassa para os municípios a execução do plano. Portanto, o sindicato enviará também as secretarias de saúde dos municípios onde houver relato de problema o mesmo pedido de informações.
Nos pedidos feitos à Superintendência de Vigilância em Saúde solicitamos informações a respeito de quantas doses de vacina foram disponibilizadas para cada unidade de saúde do Estado e quais os critérios utilizados na distribuição desse quantitativo. Além disso, o SindSaúde/SC quer saber se a aplicação está sendo feita em 1ª dose garantindo o estoque para aplicação da segunda dose, como fora informado no plano de vacinação, ou se a aplicação da 2ª dose está condicionada ao recebimento de nova remessa de vacinas.
A respeito da transparência no processo de vacinação, o sindicato também exige saber o procedimento adotado pela SES a respeito das denúncias de “furo na fila” e se a superintendência e a gerência acompanham a lista de vacinação, evitando a disputa que ocorre dentro das unidades de saúde.
É preciso garantir transparência e o direito de todos os profissionais de saúde que expusseram suas vidas (e seguem expostos, porque a pandemia não acabou) durante quase 1 ano enfrentando a pandemia nos locais de trabalho! Não podemos admitir que até nesse momento sejamos passados pra trás. O Ministério da Saúde e a SES não podem nos jogar na situação de disputar doses de vacinas com os colegas de trabalho, precisamos vacinar todos os profissionais de saúde!
Denúncias
O SindSaúde/SC tem recebido incontáveis denúncias todos os dias, e pelo volume, não conseguimos verificar cada caso. Essas denúncias podem ser feitas diretamente ao Ministério Público do Estado de SC, de forma anônima, pelo site da instituição. Os trabalhadores e trabalhadoras da saúde, que identificarem que está havendo "furo de fila", podem e devem denunciar esses casos ao MP. O servidor público que estiver "furando fila" pode responder, entre outras coisas, por improbidade administrativa.
Alertamos que é preciso cautela, já que há diversos casos de pessoas com duplo vínculo na saúde, e que estão recebendo vacina devido a trabalharem em UTI ou setor Covid em um dos vínculos. Esses que trabalham em setores prioritários em uma das unidades de saúde mas não em outra, podem causar a falsa impressão de que estariam “furando a fila” da vacinação. Da mesma forma, trabalhadores tanto do setor público quando privado tem direito a vacinação pelo SUS, não sendo o tipo de vínculo de trabalho um critério para ser vacinado.
Para acessar o canal online de denúncias do MPSC: