Trabalhadoras/es da saúde aprovam agenda de mobilizações contra a Reforma da Previdência
Na tarde desta terça-feira (5/12), cerca de 200 trabalhadores/as da saúde se reuniram na praça do Hemosc, centro da capital, em uma assembleia geral que debateu três principais temas: 1) Os impactos da aprovação do projeto de lei 350 na saúde pública; 2) O novo projeto da Reforma da Previdência; 3) A pauta de reivindicações dos servidores públicos. Ao final da assembleia, a categoria saiu em passeata até o Terminal Integrado do Centro de Florianópolis para se unir ao ato contra a PEC 287 – da contrarreforma da Previdência.
Para explicar os efeitos da aprovação do PL 350, que limita o orçamento com saúde e educação públicas ao índice inflacionário pelos próximos dois anos, a diretoria do SindSaúde/SC convidou a assessoria jurídica do sindicato. “O projeto dá brecha para que o governador envie novas leis para a Assembleia Legislativa que podem congelar até mesmo o salário dos servidores, entre outros investimentos em saúde, porque ele trata do orçamento ativo do Estado”, afirma o assessor Giovan Nardelli.
Para alterar a folha de pagamento dos servidores e mexer em direitos como gratificações e anuênio o Poder Executivo precisa criar novos decretos ou projetos de lei, por isso a assembleia aprovou o estado de alerta e o chamado para novas mobilizações, caso qualquer projeto que retire esses direitos entre em tramitação na Assembleia Legislativa.
Quanto ao segundo ponto de pauta, foi feita uma explicação sobre as mudanças previstas no novo texto da PEC 287, que deve ser votada na Câmara de Deputados no dia 13/12. A categoria aprovou a participação no ato unificado do dia de hoje e a mobilização constante até semana que vem, unificando na agenda nacional da Intersindical – Central da Classe Trabalhadora e rumo a paralisações e greves contra a Reforma da Previdência.
A diretoria ainda repassou o informe de que haverá uma reunião de negociação com a Secretaria Estadual de Saúde (SES) na quarta-feira (06/12) para debater a pauta de reivindicações do serviço público. Também foi encaminhado que o SindSaúde/SC junto ao Fórum de Lutas em Defesa dos Direitos realize uma campanha contra a privatização da saúde e o fechamento de leitos nos hospitais públicos estaduais.
Ao final da atividade, os/as trabalhadores/as presentes se uniram aos servidores do judiciário federal e saíram em caminhada até o centro da capital. “Se não nos unirmos agora e estivermos mobilizados desde já, os deputados golpistas passarão por cima dos nossos direitos. Por isso saímos em ato hoje e estaremos mobilizados para semana que vem”, afirmou a presidente do SindSaúde/SC Simone Bihain Hagemann.