Trabalhadores da BR Vida decidem aceitar a proposta da empresa
Em assembleia na noite desta quarta-feira (27), os trabalhadores da BR Vida Atendimento Pré-Hospitalar deliberaram sobre as negociações com a empresa. A pauta decidida pelos trabalhadores em assembleia anterior foi respondida pela empresa, que ofereceu como contraproposta um reajuste de 4,52%, levando em consideração o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e não o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), como é de costume nessas negociações. A proposta da empresa foi aceita por ampla maioria dos trabalhadores presentes.
O trabalho realizado pelos funcionários da empresa é essencial, principalmente em um momento de pandemia. Trata-se do atendimento médico socorrista nas principais rodovias do estado, logo, a precarização do trabalho desses funcionários é um problema que afeta a segurança de todas e todos.
A resposta da BR Vida às demandas definidas pelos trabalhadores negava muitas dos problemas apontados pelos trabalhadores, como a falta de EPIs e a precariedade da estrutura das bases. Na base 9, localizada no município de Palhoça, a empresa alegou já ter iniciado obras de melhorias. Os trabalhadores porém apontaram que não havia ainda sinais das obras e que os gestores da empresa dizem que a responsabilidade é da concessionária da rodovia.
Na pauta definida pelos trabalhadores inicialmente, além da questão salarial e de benefícios, há demandas sobre condições de trabalho e estrutura física das bases. Além disso, problemas com desvio de função, condições precárias para realização de descanso na jornada de trabalho e até problemas com a qualidade dos equipamentos de proteção foram relatadas.
Com o aceite da proposta da empresa, a negociação se encerra. Mas demandas relativas às condições de trabalho permanecem sendo levantadas e foi solicitado que os trabalhadores enviem ao sindicato imagens e documentos que comprovem os problemas. Outras medidas podem ser tomadas a partir disso.
A luta não para por aqui.