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Vacinação ampla e com equidade no sistema público é direito de todas e todos e dever do Estado
05/01/2021

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Vacinação ampla e com equidade no sistema público é direito de todas e todos e dever do Estado

O SindSaúde/SC, ao lado de diversas organizações que prezam pela saúde pública, se põe em defesa da vacinação contra a Covid-19 integralmente pelo Sistema Único de Saúde. O Brasil, neste janeiro de 2021, carrega a triste marca de segundo país do mundo em número de mortos pela doença e é fundamental concentrarmos nossa luta pela vacinação imediata, com equidade. Para garantia de justiça social, a equidade é um requisito no controle da pandemia, que só se dá quando é garantida a imunidade de toda a população brasileira.

Nos últimos dias, associações empresariais de saúde têm anunciado que pretendem desde já passar a vender vacinas de Covid-19, ainda que nem sequer tenham obtido autorização da ANVISA. E pior, parecem fazer isso com aval do Ministério da Saúde. A autorização da imunização ao sistema privado é mais uma tentativa do governo federal de se isentar da responsabilidade de controle da pandemia, condenando a imensa maioria da população brasileira ao contágio e morte, e permitindo que os que possam pagar tenham acesso a imunização.

O Brasil ainda é referência mundial em seus programas de imunização. Mais do que isso, nosso sistema público de saúde já foi exemplo em vacinação, amamentação, genéricos e no combate ao HIV. Nossos profissionais da saúde são modelos na história. Vital Brazil desenvolveu os primeiros soros antiofídicos, Oswaldo Cruz é o patrono na história no combate à febre amarela e varíola e Carlos Chagas foi o único na história a descrever os hospedeiros, o patógeno, o vetor, os sintomas e a epidemiologia da tripanossomíase. Nossa história agora se perde em um momento em que as vacinas para Covid-19, única forma de imunização, são motivos de piadas pelos governantes (supostamente) responsáveis pela população em um momento tão delicado?

No Reino Unido, para garantir o acesso de todos à vacina, governo e empresas elaboraram acordos para não permitir que vacinas sejam compradas por clínicas privadas enquanto a maioria da população não tiver sido vacinada pelo Sistema Nacional de Saúde (NHS). Esse é só mais um exemplo de que é possível, ainda nesse modelo de sociedade, entender que a imunização é direito do povo e não deve ser transformada em negócio.

O Programa Nacional de Imunização (PNI), parte do SUS, tem histórico de grandes sucessos. Somente o pleno apoio e o adequado incentivo financeiro e operacional ao PNI pode garantir a imunização com equidade e o acesso efetivo e seguro da população à vacina. Não podemos deixar que os interesses financeiros da iniciativa privada impeçam o acesso seguro e amplo da vacina para toda a população brasileira.

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